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Eliane et Jean Michel Le Petit. France
"Merci pour l'accueil, l'excellente cuisine, la parfaite organisation, et l'atmosphere tout a fait peculiere de...
Cecilia Blohm, familia y amigos. Caracas, Venezuela
"Cigala terapia para hacer terapia familiar hemos escogido el lugar la posada la "La Cigala"...
Natty et Jean Paul Belmondo. Paris, France
"Merci a toute l´equipe de la cigala, nous avons passé un sejour idylliaque. Grace a...
Nelly & Jim Kilroy. USA
"Henrique & Liana, Our pleasure to meet you both and your guests. Thank you for...

Articule 20 - Ricardo Freire - Revista Viagem y Turismo

Fecha de publicacion:  2009-03-05 14:56:46
AutorRicardo Freire

Em que me hospedei, La Cigala, é das mais antigas da ilha. Durante minha estada, os donos viajaram para o continente, mas o gerente tocava tudo com perfeição. Não senti falta de ar-condicionado no quarto; à noite, dava para puxar um lençol por causa da brisa constante.

No geral, a falta de conforto é compensada pelo charme (coisa que, até pouco tempo atrás, não se podia dizer de Fernando de Noronha). E é graças à rusticidade que o arquipélago não tem a densidade demográfica de outros lugares perfeitos. Sem falar que é uma delícia aproveitar o Caribe sem estar num local adaptado ao gosto americano. Os gringos, por ali, falam "buongiorno" e "ciao". 
Não há praia em Gran Roque. É preciso pegar uma lancha e ir até uma das ilhotinhas próximas.

Normalmente as pousadas incluem traslados no valor da diária. O barqueiro leva você à ilha do dia, arma o guarda-sol e deixa a geladeirinha com o almoço e as bebidas. Só não opta por esse plano quem vai a Los Roques para mergulhar (nesse caso, é melhor pagar só para dormir e contratar as companhias de mergulho, que lançam âncora em pontos verdadeiramente selvagens do arquipélago), além de gente maluca que faz qualquer negócio para ir a praias de mar transparente. Los Roques atrai mergulhadores, kitesurfi stas e farof..., perdão, turistas de um dia só, que vêm de avião de Caracas ou de Isla Margarita para navegar em catamarã e mergulhar. 

Nos três dias e meio que passamos por lá, vivi a mesma rotina besta. Acordar. Tomar café-da-manhã (com uma polenta de milho branco como toque local). Escolher as bebidas para levar à ilhota. Andar por dez ou 15 minutos de lancha até lá. Marcar a hora para o barqueiro me buscar à tarde. Abrir a geladeirinha térmica e ver o que tinha nos Tupperwares. (Salada cole slaw. Polvo à vinagrete. Salada de penne com atum. Wraps de frango ao curry. Bolo de banana.) Espantar o enxame de guaramares - as aves que eram donas do pedaço até a chegada dos turistas - que aparecia em frente ao guarda-sol sempre que eu abria a geladeirinha. Nadar. Ler. Almoçar. Pensar na morte das bezerras aquáticas. 

Voltar para a pousada. Sestear. Jantar na pousada. (Ceviche. Bruschetta de barracuda. Peixe assado. Espaguete com tomate, alho e manjericão.) Fazer o footing pela ilha inteira (em 15 minutos você já percorreu todas as ruas). Passar no único bar aberto à noite. Morrer de sono. Dormir de janela aberta, debaixo dos lençóis.

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